Mogi Mirim confirma morte por febre maculosa e reforça alertas

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou nesta semana a morte de uma mulher de 47 anos, moradora de Mogi Mirim, vítima de febre maculosa. O óbito ocorreu em 25 de setembro, mas o anúncio só foi feito após a confirmação do diagnóstico pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo.

De acordo com a médica veterinária Vivian Delalibera Custódio, coordenadora da Vigilância em Saúde do município, o local provável de infecção está relacionado a uma área de mata na zona rural. A febre maculosa é uma doença infecciosa grave, transmitida pela picada do carrapato-estrela, que pode hospedar a bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da enfermidade.

Com o caso confirmado, as autoridades sanitárias voltaram a reforçar os cuidados preventivos, sobretudo para pessoas que frequentam locais de vegetação densa, margens de rios, lagos, pastos e áreas com presença de cavalos, bois ou capivaras, animais que podem hospedar o carrapato transmissor.

Entre as recomendações estão evitar deitar-se diretamente no solo em áreas de vegetação, usar roupas claras e calças compridas com as barras por dentro das meias, além de realizar uma inspeção corporal completa após visitar locais de risco. Também é fundamental remover imediatamente qualquer carrapato encontrado no corpo e impedir que animais domésticos tenham acesso a áreas com infestação.

Os sintomas iniciais da doença incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dores no corpo, mal-estar e, em alguns casos, manchas avermelhadas na pele. O tratamento deve começar o mais cedo possível, preferencialmente antes mesmo da confirmação laboratorial, com o uso de antibióticos específicos.

A Secretaria de Saúde orienta que qualquer pessoa com sintomas suspeitos procure imediatamente a unidade de saúde mais próxima, informando se esteve em áreas de mata ou locais com carrapatos.

Em Mogi Mirim, o Complexo do Lavapés, conhecido como Zerão, é considerado área de transmissão da febre maculosa. Por isso, a Vigilância em Saúde recomenda evitar caminhar pela parte interna do parque, levar animais de estimação ou sentar-se à beira do lago para pescar.

As equipes das Unidades Básicas de Saúde e de pronto atendimento foram novamente instruídas a investigar o histórico de deslocamento de pacientes com sintomas compatíveis. O Núcleo de Educação Permanente em Saúde (NEPH) mantém a distribuição de material informativo na rede municipal, reforçando as orientações de prevenção.

Os últimos óbitos por febre maculosa em Mogi Mirim haviam sido registrados em 2023, com contaminação ocorrida no Zerão. O secretário municipal de Saúde, Mauro Nunes Júnior, lamentou a nova morte e reafirmou o compromisso das equipes da pasta com o enfrentamento da doença. “Temos que nos unir para vencer essa doença e, se Deus quiser, vamos conseguir”, declarou.

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