Mato alto por Mogi Mirim gera queixas da população

JORNAL O IMPACTO
Característica própria desta época do ano, a combinação de umidade excessiva com muito calor acaba favorecendo o crescimento de plantas. Em que pese esse fator, moradores de diversos pontos da cidade reclamam que a Prefeitura está negligenciando o corte do mato alto em praças e logradouros públicos.
“Quem fica tranquilo com um matagal desse tamanho em frente de casa?”, se queixa o empresário do setor de seguros Vanderlei Ajudarte, morador em frente à Praça Frei Henrique Maynadier, localizada nas imediações da Rua José Domingos de Godoy Filho, mais conhecida como Morro do Sufoco. Ele reclama que na rotatória que existe ali, na altura com a Rua dos Ferroviários, foi feita a limpeza. “Gostaria de entender a lógica de cuidar de um trecho menor e deixar de fora um matagal localizado a poucos metros de distância”, contestou.
Mato alto não existe apenas nos bairros mais afastados. Em que pese o fato de uma equipe da Secretaria de Serviços Municipais ter atuado em pelo menos duas praças da região central nesse começo de semana, são muitos os locais onde o mato toma conta até de calçadas.
Um dos locais que salta aos olhos é o Jardim Áurea e arredores, incluindo a Escola Estadual Monsenhor Nora e o Estádio Vail Chaves. “Além da questão estética, esse tipo de descaso aumenta a sensação de insegurança”, disse a colaboradora de uma clínica médica localizada na Avenida Brasília. Ele mostrou a situação da calçada que circunda o Vail Chaves e apontou para uma passagem no muro onde se pode ver uma espécie de “selva urbana” dentro do terreno do estádio.

Desleixo de uns, oportunidade para outros. A reportagem flagrou um casal capinando a fachada e calçadas de ruas no Jardim Áurea. O autônomo Jonas da Silva, de 41 anos, pega serviço por empreitada junto com a esposa Ana Cristina. “Tem semana que a gente não dá conta de tantos pedidos que recebemos”, afirmou.
OUTRO LADO
O IMPACTO dirigiu questionamentos para a Secretaria de Serviços Municipais. Segundo a pasta, o começo de 2025 tem sido atípico no que se refere ao comportamento das chuvas, prejudicando o planejamento feito. “O período de chuvas tem sido atípico com períodos prolongados de chuvas por vários dias, o que faz com que o serviço se acumule e favoreça muito o desenvolvimento do mato”.
A pasta negou que a manutenção na área central esteja sendo negligenciada. “As praças centrais estão recebendo cuidado, sim”, respondeu a secretaria, mencionando especificamente as praças Francisco Alves e da Praça da Bandeira.
Ainda segundo a pasta, existe uma pré-determinação para que sejam priorizadas “áreas de maior circulação de pedestres próximas às escolas e UBSs”. Ainda segundo a secretaria, o cronograma foi alterado neste começo de fevereiro em função da necessidade de se deslocar equipes de limpeza para realizar a manutenção das escolas municipais, antes do retorno das aulas, no dia 6.
As reclamações se estendem também aos terrenos baldios da cidade, muitos dos quais totalmente tomados pelo mato. Nesse início de ano, segundo informou a Prefeitura a O IMPACTO, foram emitidas aproximadamente, 280 notificações para solicitação de limpeza dos terrenos baldios.
De acordo com a legislação vigente, após o proprietário receber a notificação, ele tem o prazo de dez dias para efetuar a limpeza do local. Não atendendo o prazo, é efetuado o lançamento da multa e gerado uma ordem de serviços para a Secretaria de Serviços Municipais efetuar a limpeza. “Porém, o cronograma e o prazo de atendimento dessas ordens de serviços são de responsabilidade da secretaria”, informou a pasta.