Prefeito relata guardas ‘apreensivos’ e manda reduzir patrulha nas ruas

JORNAL O IMPACTO

A prisão de três guardas-civis na terça-feira (15) teve consequências diretas já no dia seguinte. O prefeito Paulo Silva determinou que a Guarda Civil Municipal (GCM) reduza o policiamento ostensivo e preventivo nas ruas de Mogi Mirim. Para a reportagem de O IMPACTO, o chefe do Executivo afirmou que os membros da corporação estão “apreensivos”.

“Evidentemente que todos os guardas-civis e suas famílias estão muito apreensivos em continuar prestando esse tipo de serviço à sociedade, porque eles poderão também sofrer punição semelhante”, relatou. “Então, estamos reduzindo o policiamento preventivo e ostensivo da Guarda Civil Municipal, porque não podemos deixar nossos guardas sob risco”, justificou.

Paulo Silva explicou que, enquanto a Justiça analisa o caso envolvendo os guardas-civis presos, a corporação vai se limitar à segurança de bens públicos, como praças, postos de saúde, escolas e creches. “A prioridade nossa hoje é essa”, reforçou. “A qualquer sinal de crime, a população deve chamar a Polícia Militar”, recomendou.

Perguntado se a medida poderia ser interpretada como retaliação, o prefeito negou e disse que era uma questão de “proteção” aos guardas e das famílias. “E se um deles for preso?”, questionou.

Para O IMPACTO, Paulo Silva confirmou também que três guardas-civis que atuavam na Polícia Civil foram reintegrados à GCM, por sua determinação. “Retirei para compor nossos quadros. Três foram presos, tirei três da Polícia Civil e trouxe para a Guarda Civil para compor o quadro. Não posso reduzir”, frisou.

O prefeito afirmou que acredita que os guardas-civis vão reverter o caso na Justiça e classificou como “absurda” a prisão. “Significa que uma parte do Ministério Público, uma parte da Polícia Civil e uma parte da Polícia Militar não querem que a Guarda Civil tenha poder de polícia”, avaliou. “Se tivesse outro promotor analisando esse caso, não teria acontecido isso”, disse ainda.

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