No Santa Luzia, projeto social faz entrega de brinquedos há 17 anos
JORNAL O IMPACTO
Foi realizada no último domingo (22), na Rua 1º de Janeiro, no bairro Santa Luzia, a tradicional entrega de brinquedos e guloseimas para centenas de crianças, em frente ao Bar do Paraná. Trata-se de um projeto executado já há 17 anos e que tem como idealizador Jonaldo Marciano, de 67 anos, o Paraná.
Até cerca de dois anos atrás, a entrega era feita em cima de um caminhão que percorria ruas dos bairros mais periféricos. Os riscos inerentes a esse tipo de movimentação, com crianças correndo atrás para receber presentes e doces, fez com que seu idealizador mudasse a logística. “Funcionou bem, fez a alegria de muitas crianças, mas cheguei à conclusão de que era melhor evitar riscos”, comentou o comerciante.
Com apoio da Defesa Civil e da Guarda Municipal, a festa contou com animação musical, palhaço, brinquedos infláveis, Papai e Mamãe Noel. Além de uma realização que lhe traz satisfação pessoal, Paraná revela que a inspiração para executar esse movimento a cada final de ano guarda relação com um episódio marcante de sua vida, relacionado à primeira esposa, dona Iracy, falecida em 2008 e que enfrentou uma dura cruzada contra uma manifestação oncológica.
Ele conta que ficou muito impressionado com uma visita realizada por um grupo de palhaços no local de atendimento do Hospital das Clínicas da Unicamp, onde a esposa recebia atendimento. “Aquele gesto de solidariedade mexeu comigo e fiquei imaginando uma forma de ajudar a fazer mais felizes na época do Natal, especialmente àquelas crianças mais pobres. Foi assim que o projeto nasceu”, recorda.
Com o passar dos anos, o movimento foi crescendo e ganhando a adesão de diversos colaboradores, sem os quais, reconhece o organizador, não ganharia a musculatura que possui atualmente, se tornando um dos eventos mais aguardados na zona Norte da cidade, a cada final de ano.
“Foi uma festa maravilhosa, graças a Deus e a todas as pessoas que participam e que ajudam e nos dão força, porque a gente sozinho não é nada”, contou para O IMPACTO.