Mogi Mirim chega a 10 óbitos por dengue neste ano

JORNAL O IMPACTO
Mogi Mirim confirmou 10.774 casos de dengue, de acordo com o boletim divulgado na quinta-feira (8). Um aumento de 648 casos em duas semanas, na comparação com o boletim anterior, divulgado em 24 de abril. O município totaliza 10 mortes pela doença.
A faixa etária mais afetada continua sendo adultos entre 16 e 59 anos, com 7.549 casos (70% do total). Idosos acima de 60 anos representam 17% das confirmações (1.829), enquanto crianças até 5 anos somam 296 casos. A distribuição por sexo mostra leve predominância feminina (5.898 casos contra 4.876 masculinos). Por regiões, as zonas Norte (3.249) e Leste (3.055) concentram 58% dos casos, seguido por Oeste (1.540), Central (1.208) e Sul (909). A área rural registra 215 infecções. Outros 598 são importados de outras cidades.
Desde o último boletim, Mogi Mirim confirmou quatro novos óbitos por dengue: um homem de 72 anos, falecido em 26 de março, e três mulheres, que faleceram em 28 de março, 30 de março e 3 de abril, com idades de 69, 51 e 94 anos, respectivamente. Nove das dez vítimas do município tinham comorbidades. Dois casos seguem em investigação: homens de 81 e 71 anos, ambos com doenças pré-existentes.
NEBULIZAÇÕES
A VA (Vigilância Ambiental), órgão da Secretaria da Saúde responsável pelas nebulizações costais e veiculares de combate à dengue, está planejando uma grande operação de nebulização veicular para atingir quase 70 quarteirões de bairros da zona Leste.
De acordo com os técnicos da VA, mesmo com a redução no número de casos da doença na cidade, a realização de nebulizações é importante para não deixar o índice de infestação do mosquito Aedes Aegypti crescer.
Ainda dentro dessa perspectiva, a VA realizou, na quarta-feira (7), uma operação de nebulização costal, em parceria com a empresa SimePrag, em pelo menos 31 quarteirões nos bairros Parque Real 1 e Parque Real 2. Agentes comunitários de saúde, os chamados ACSs, pertencentes à UBS (Unidade Básica de Saúde) do bairro Maria Beatriz, auxiliaram os pulverizadores.
De acordo com o médico veterinário Rogério Marcos Garros, coordenador da VA do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), esse reforço dos ACS é imprescindível, pois os agentes passam credibilidade aos munícipes e dão autenticidade ao trabalho da SimePrag, colaborando com o aumento de imóveis abertos e diminuindo o medo da população em abrir seus imóveis para “estranhos”.
A operação, que começou às 9h, estendeu-se até depois do meio-dia. A principal diferença entre a pulverização costal da veicular, é que na modalidade costal, os técnicos nebulizam o veneno contra o mosquito dentro dos quintais das residências. Já no veicular, a pulverização do produto é feita por uma picape, a partir da rua.