Estádio do Mogi Mirim vai à leilão, mas não atrai interessados

O Estádio Vail Chaves, do Mogi Mirim Esporte Clube, foi a leilão na terça-feira (25), por determinação da Justiça do Trabalho. Contudo, não atraiu interessados. A informação é do portal GE.
O estádio foi penhorado em abril de 2023, em garantia a uma ação que o zagueiro Dedé, com passagem pelo clube em 2017, entrou em março de 2022 na 1ª Vara do Trabalho de Simões Filho, em Bahia, cobrando R$ 37.118,14.
Durante o processo, o Vail Chaves foi avaliado em R$ 63.770.694,58, mas o TRT-15 (Tribunal Regional do Trabalho) de Limeira determinou um deságio (desvalorização) de 50%, com lance mínimo de R$ 31.885.347,29. O estádio possui com uma área construída de 14.519,080 m² e arquibancadas com capacidade para 25 mil pessoas.
O anúncio ficou no site do leiloeiro designado por mais de um mês. O leiloeiro agora vai aguardar uma designação para um novo leilão. Ao GE, o advogado André Lopes afirmou que o clube tentará mudar a situação na Justiça. “Há graves falhas neste processo, e eventuais envolvidos certamente serão responsabilizados em caso de prejuízo ao clube, que tomará todas as medidas necessárias para o imediato cancelamento da penhora e apuração dos fatos”, declarou.
Atualmente, o Vail Chaves segue interditado por falta de segurança. “O estádio está em processo de liberação, está restando somente um dos seis laudos faltantes. Estamos finalizando este processo para podermos fazer a liberação junto à Federação Paulista de Futebol. Nossa arena passou por manutenção e reforma para ser usada em eventos e jogos das nossas categorias de base e locação para clubes interessados mandarem os seus jogos”, informou ao GE a atual presidente do Mogi, Rosane Lúcia de Araújo, que garantiu ainda que equipes estão sendo montadas para a disputar as competições de base organizadas pela Federação Paulista.
Em 2023, o estádio teve outro leilão designado, desta vez, dentro do processo impetrado pela Segbras Serviços Empresariais e Comércio de Sistemas de Segurança e por Renato Mecca, em que é cobrada uma dívida superior a R$ 1 milhão do Mogi Mirim Esporte Clube, referente a serviços terceirizados apontados como contratados pelo clube e de empréstimos feitos por Mecca, um ex-sócio de Maria do Socorro Oliveira, esposa do ex-presidente do clube, Luiz Oliveira.
Contudo, o Estado de São Paulo, por intermédio da Procuradoria Geral do Estado (PGE), pediu a suspensão do leilão até o julgamento da ação em que é pedida a revogação de doação da área do Vail Chaves e a reversão do imóvel ao patrimônio público estadual por descumprimento de encargos, compromissos assumidos pelo Mogi Mirim, pelo entendimento de o clube ter deixado de promover a manutenção do bem e ter sido omisso ao permitir a penhora em prol dos credores, desvirtuando a finalidade pública do imóvel.
Foto: Geremias Oliveira