Com votos da oposição, Cristiano Gaioto é eleito presidente da Câmara Municipal

JORNAL O IMPACTO
Fotos: Silveira Jr./O IMPACTO

O vereador Cristiano Gaioto (PDT) foi eleito, na tarde desta quarta-feira (1º), presidente da Câmara Municipal de Mogi Mirim para o biênio 2025/2026. Ele recebeu quase todos os votos de parlamentares eleitos em partidos de oposição ao prefeito Paulo Silva (PDT).

Gaioto recebeu dez votos: os de Cinoê (PP), Dani Amoedo Campos (PP), Robertinho Tavares (Podemos), Luiz Saviano (Cidadania), Mané Palomino (PSD), Marcos Segatti (PSD), Sargento Coran (PP), Cabo Wagner (PL) e Wilians Mendes (PDT), além do próprio voto.

O adversário de Gaioto na disputa foi Marcos Gaúcho (União Brasil), que recebeu sete votos, quase todos de vereadores da base aliada ao prefeito Paulo Silva: os de Ademir Junior (Republicanos), Ernani (PT), Everton Bombarda (PDT), João Victor Gasparini (União Brasil), Mara Choquetta (PDT), Márcio do Boxe (União Brasil), além do próprio voto.

Para os demais cargos da Mesa Diretora, o resultado da votação foi exatamente o mesmo. Assim, Cabo Wagner venceu Ademir Junior e foi eleito primeiro-vice-presidente; Dani Amoedo Campos superou Everton Bombarda e foi eleita segunda-vice-presidente; Robertinho derrotou João Gasparini e foi eleito primeiro-secretário; e Marcos Segatti venceu Ernani e foi eleito segundo-secretário.

Para O IMPACTO, Gaioto enalteceu a formação do grupo de dez vereadores que venceu a eleição para a Mesa Diretora. “Não é um grupo de oposição ou de situação. É um grupo que vai defender a cidade e que nós vamos até 2028 juntos”, disse. Destacou também a formação da Mesa, que conta com parlamentares do PDT, do PL, do PP, do Podemos e do PSD. “É um grupo que foi feito também pra gente ter forças pra lutar tanto em Brasília como em São Paulo, então nós vamos lutar por Mogi Mirim”, afirmou, se referindo a obtenção de emendas parlamentares.

Questionado se teve apoio do prefeito Paulo Silva para a campanha à presidência, Gaioto respondeu que o chefe do Executivo se manteve neutro. “O Paulo Silva não sinalizou apoio pra ninguém. A única coisa que ele sinalizou para o nosso grupo, porque ele conversou com todo mundo, é que a Prefeitura estará de portas abertas, pode ir para o diálogo”, afirmou.

O IMPACTO também quis saber se Gaioto não considera que houve um “racha” dentro da base aliada, principalmente no PDT, partido de Paulo Silva. O parlamentar respondeu que não. “Esse grupo foi um grupo que elegeu a Mesa, mas agora os 17 [vereadores] vão trabalhar juntos. Não teve racha, é que teve opiniões diferentes. E como dentro do grupo [da base aliada] tinham três candidatos, eu tive que buscar os votos fora do grupo. E construir um projeto para isso, um projeto junto com esses vereadores [de oposição] que no fim estão compondo a Mesa com a gente”, disse.

Assista, na íntegra, a sessão especial para eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Mogi Mirim: