Vila Dias coroa campanha invicta com o bicampeonato da 1ª divisão

JORNAL O IMPACTO
Foto: Marcio Cotrim

A equipe da Vila Dias conquistou no domingo (19) o bicampeonato da primeira divisão do futebol amador da cidade, a Copa Carlos Corrêa, ao vencer a Tucurense por 2 a 0, com dois gols do atacante Everton Sena.

O time da zona leste encerrou a competição de forma invicta, somando 13 vitórias e 3 empates, resultado amplamente comemorado por jogadores, comissão técnica, dirigentes e torcedores.

Após o apito final do árbitro Rodrigo Heleno, encerrando a partida cerca de cinco minutos antes do tempo regulamentar devido à invasão do gramado do Estádio Ismael Poletini, palco da final, teve início a celebração da torcida vermelha e branca, que se estendeu até a noite na zona leste da cidade. A festa, porém, gerou queixas de moradores por causa do uso de rojões com estampido, som alto e exibição de motoqueiros.

Em campo, a Vila Dias mostrou desde o início uma postura mais equilibrada. O técnico André Moura manteve a marcação forte, mas, ao contrário do empate sem gols no primeiro jogo, liberou mais o time para o ataque.

Logo aos seis minutos, um lance polêmico marcou o início da partida: Renan, lateral esquerdo da Vila, foi tocado por Tandy, ala da Tucurense, dentro da área, mas o árbitro Carlos Augusto mandou seguir.

A Tucurense encontrou dificuldades para superar o bloqueio defensivo adversário, o que irritou o técnico Everton Bombarda. “Se não chutar em gol, não tem como ganhar o jogo”, reclamou.

Quando o duelo parecia repetir o equilíbrio da primeira partida, a Vila Dias abriu o placar aos 42 minutos. Após jogada pelo lado esquerdo, Everton Sena recebeu livre na entrada da área e acertou o ângulo esquerdo do goleiro Maurício com um chute preciso, marcando um golaço.

O gol desestabilizou a Tucurense, que voltou do intervalo mais atenta, mas ainda sem criar perigo ao gol de Mateus. A equipe insistia em jogadas pelo meio, sem o brilho habitual de jogadores como Iago e Kadu.

Com domínio das ações, a Vila Dias controlava o jogo até que, aos 21 minutos da segunda etapa, o árbitro Carlos Augusto Ribeiro passou mal e precisou ser levado de ambulância à Santa Casa. O quarto árbitro, Rodrigo Heleno, assumiu a partida, que ficou paralisada por cerca de 20 minutos. A pausa, porém, não alterou o ritmo do jogo.

Aos 26 minutos, a Vila Dias definiu o placar em uma jogada pelo lado direito, com troca de passes entre Renan e Gil até a finalização de Everton Sena, livre na área, para fazer o segundo. A Tucurense ainda tentou reagir, mas esbarrou na firme marcação do adversário. O jogo terminou 2 a 0, consolidando o título e a festa da equipe vermelha e branca.

Everton Sena brilha na final e diz que ‘pagou dívida’ com a torcida

A final do domingo passado teve como principal destaque o meia-atacante Everton Sena, de 34 anos, autor dos dois gols que garantiram o título da Vila Dias, um deles de bela execução. Após o apito final, todas as atenções se voltaram para ele.

Demonstrando a humildade que o caracteriza, Sena afirmou não se considerar o herói da decisão. “Não me sinto herói de verdade da decisão, me sinto honrado por Deus por estar no lugar certo e no momento certo do jogo”, declarou.

Ele lembrou ainda que, na final de 2023 — também entre Tucurense e Vila Dias —, perdeu o pênalti decisivo e desde então se sentia em dívida com a torcida. “Paguei minha dívida. Deus me honrou com dois gols que foram importantes para a conquista do título, mas quem de fato fez a diferença foram o nosso elenco, nossa comissão técnica e nossos torcedores”, exaltou.

Everton Sena: não me sinto herói, me sinto honrado por Deus (Foto: Marcio Cotrim)

Natural de São Paulo, Everton Santos de Sena é o que se costuma chamar de “cigano da bola”. Atuou profissionalmente por 14 anos, com passagens por equipes de várias regiões do país, entre elas Mogi Mirim, ABC de Natal, São Bento, Internacional de Limeira, Bangu, Portuguesa (RJ), Tombense e Juventus.

Sua última participação como jogador profissional foi em 2023, na Série A2 pelo Juventus da Rua Javari, em São Paulo. Naquele mesmo ano, já morando na cidade, recebeu o convite da diretoria e da comissão técnica da Vila Dias para disputar o futebol amador local. “Acertei com eles, porque encarei a opção de ficar ao lado da família e resolvi parar com o profissional”, contou.

Indagado se irá renovar seu compromisso em 2026, disse que só sai se não o quiserem mais. “Espero jogar por muitos anos na Vila e conquistar mais títulos e marcar meu nome na história da Vila”, completou.

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