Saúde intensifica busca ativa de casos de tuberculose em Mogi Mirim

A Vigilância em Saúde (VS), órgão da Secretaria Municipal de Saúde de Mogi Mirim, deu início a segunda fase da campanha de busca ativa de casos de tuberculose na cidade, intensificando as ações e distribuindo folhetos explicativos em todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) do município. A campanha se estende até o dia 30 deste mês.
Paralelamente a essas ações, outdoors também foram espalhados em alguns locais da cidade chamando a atenção para essa doença. As ações da VS, de acordo com a coordenadora do órgão, a médica veterinária Vivian Delalibera Custódio, tem como objetivo principal mapear possíveis casos da doença para o tratamento precoce. As ações pretendem mobilizar as equipes de saúde e a população para identificarem e investigarem os casos de tuberculose.
“É importante lembrar que as ações de combate e prevenção à tuberculose, que são realizadas na cidade seguem as orientações vindas do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, via Divisão de Tuberculose”, ressaltou Vivian. Ela recomenda a todas as pessoas com sintomas respiratórios dessa doença, que procurem uma unidade de Saúde, independentemente da campanha.
Os principais sintomas da tuberculose são a tosse persistente por mais de três semanas, febre (mais comum ao entardecer), suores noturnos e emagrecimento. O doente pode ter todos esses sintomas, mas também pode ter somente a tosse que, às vezes, também passa despercebida.
“Em muitos casos, as pessoas pensam que sua tosse é comum, porque são fumantes, ou confundem o sintoma com uma gripe mal curada, não dando a devida importância. Por isso é importante estar atento a estes sintomas”, alerta a coordenadora da VS. Vivian explica que a tuberculose tem cura e o tratamento da doença dura, no mínimo, seis meses. Também é gratuito e disponibilizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
A transmissão da tuberculose se dá pelas vias áreas, a partir de partículas da saliva ao falar, espirrar e principalmente ao tossir. “As pessoas com tuberculose ativa lançam no ar partículas em forma de aerossóis que contêm bacilos e que podem ser aspirados por outros indivíduos levando à infecção”, acrescenta Vivian.
Para ela, é muito importante buscar por atendimento nas unidades de saúde assim que surgem os primeiros sintomas sugestivos de tuberculose, pois somente dessa maneira é possível iniciar o tratamento precoce.
O Ministério da Saúde informou que, em 2024, foram mais de 85 mil casos em todo o país e seis mil mortes. O Rio de Janeiro lidera os registros, com mais de 18 mil casos no ano passado. Só neste ano, até 12 de agosto, já são quase 10 mil notificações.