Presidente do MMEC diz que denúncia é cortina de fumaça para abafar merenda

DIEGO ORTIZ
JORNAL O IMPACTO

O presidente do Mogi Mirim, Luiz Henrique de Oliveira, afirmou que a representação apresentada pelo vereador João Victor Gasparini ao Ministério Público em que o acusa de exploração de menores por ludibriar jovens com cobrança de valores para avaliações e submetê-los a condições precárias, é uma cortina de fumaça do legislador para tirar o foco da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Merenda.

“Essa denúncia do João Gasparini na verdade é uma cortina de fumaça porque ele faz base da situação do governo e o problema mesmo grave que estou sabendo está na merenda. Isso sim tem que preocupar a Promotoria, tenho certeza que a Promotoria vai fazer um bom trabalho e descobrir o que está acontecendo”, colocou Luiz Oliveira.

O IMPACTO questionou a Luiz sobre pontos colocados por Gasparini na denúncia em que o vereador aponta que as avaliações com garotos de todo o país se tornaram o modo do clube de obter receita do clube e que a prática pode ser considerada tráfico de pessoas com recrutamento de adolescentes mediante fraude, estelionato e violações aos direitos da criança e do adolescente. O dirigente manteve a posição de a denúncia ser uma cortina de fumaça do vereador, que é líder do governo do prefeito Paulo Silva na Câmara Municipal, sem entrar nos méritos específicos. “É o desvio do foco, a cortina de fumaça, essa é a questão”, respondeu.

Posteriormente, Luiz acrescentou que o Mogi Mirim é uma entidade privada, não incorre em nenhum crime ou desvio de finalidade e não é um clube formador.

A denúncia de Gasparini foi apresentada no último dia 5 e conta com depoimentos de atletas menores de idade e pais de menores.

“A caótica situação já é constatada pelo próprio Ministério Público, vide Ação Civil Pública abordando a conjuntura. Justamente em razão do imprescindível trabalho do Ministério Público na salvaguarda dos direitos dos vulneráveis, é que aqui se indica a imperiosa necessidade de atuação para cessão das práticas criminosas, investigações sobre as operações financeiras e redes de contatos pelo país, e a devida punição dos responsáveis que usurpam das estruturas do Mogi Mirim Esporte Clube”, defende trecho da parte final da representação de João Gasparini, que finaliza o documento colocando ser apresentada a denúncia para tomada de providências cabíveis pela Promotoria.

O promotor responsável por analisar a representação é André Luiz Brandão.

RESPOSTA
Procurado por O IMPACTO para abordar as declarações de Oliveira relativas à representação de João Gasparini ao Ministério Público ser uma cortina de fumaça, o vereador respondeu: “Ao invés de explicar sobre seus atos e exploração de menores, Luiz prefere lançar factoides sobre mim, que demonstro suas ilegalidades antes mesmo de assumir como vereador. Suas críticas soam como elogio e a falta de respostas demonstra o descontrole de quem sabe que o jogo virou, e que terá de responder à justiça por tudo que cometeu”.

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