Operação apreende 1,4 mil ampolas de cetamina e 3 são presos em Mogi Guaçu e Itapira
Policiais civis prenderam, nesta quarta-feira (3), um casal em Mogi Guaçu e um homem em Itapira durante uma operação que apreendeu 1,4 mil ampolas de cetamina, um anestésico de uso veterinário desviado para o tráfico de drogas. A ação, que também resultou na prisão de um suspeito em Curitiba (PR), foi coordenada pela Polícia Civil do Paraná e contou com o apoio da delegacia de Estiva Gerbi e do Ministério da Agricultura e Pecuária.
De acordo com as investigações, o grupo criminoso atuava na prescrição, distribuição e venda ilegal do medicamento, que é utilizado em procedimentos veterinários, mas também como uma droga alucinógena. A polícia estima que o esquema movimentou cerca de R$ 10 milhões em apenas dois meses.
Foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em cinco estados: São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso e Rio de Janeiro. O material apreendido e os presos da região foram encaminhados para a delegacia de Estiva Gerbi, responsável pelo registro formal da ocorrência.
A cetamina é uma substância de controle especial, acessível apenas a veterinários autorizados. As investigações indicam que o grupo utilizava prescrições irregulares e notas fiscais fracionadas para mascarar a compra de grandes quantidades do anestésico.
Segundo as investigações, o material era desviado para ser utilizado como drogas de “baladinha”, aparentemente para Balenário Camboriú (SC). Ainda de acordo com a polícia, o material apreendido pode valer mais de R$ 560 mil no mercado de tráfico de drogas.
O caso teve início em maio, quando a Polícia Militar apreendeu 1.171 unidades do produto em Curitiba. Os documentos encontrados levantaram suspeitas por registrarem pagamentos em espécie superiores a R$ 100 mil e compras repetidas em intervalos de poucos minutos. Uma médica veterinária recém-formada, que teria solicitado autorização para adquirir 28 mil unidades entre fevereiro e abril, é investigada por suposta participação no esquema.



