Mogi Mirim vai aderir a mutirão estadual contra a dengue

Entre os dias 11 a 16 de novembro, a Secretaria Municipal de Saúde de Mogi Mirim, por meio do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), vai participar do esforço do Governo do Estado na eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti em todas as cidades paulistas. Os alvos são, principalmente, casas, terrenos, fábricas, enfim, bairros inteiros.

A Secretaria Estadual da Saúde orienta as autoridades municipais a estabelecerem uma grande força-tarefa para combater o mosquito da dengue, inclusive com o engajamento da população. Também são recomendadas as adesões de organizações públicas e privadas para uma ação simultânea em todo o estado.

“Enfrentar o mosquito Aedes aegypti é uma tarefa contínua e coletiva, buscando prevenir doenças que podem aumentar no verão, principalmente quando as condições climáticas são favoráveis ao aumento dos mosquitos”, afirmou Eleuses Vieira de Paiva, secretário estadual da Saúde.

Em Mogi Mirim, de acordo com o médico veterinário Rogério Marcos Garros, coordenador de Vigilância Ambiental e Zoonoses do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) da Secretaria Municipal da Saúde, sem a participação efetiva da população, a luta contra a dengue estará praticamente perdida, já que mais de 80% do mosquito se prolifera nos quintais das casas.

Ele explica que mesmo antes dessa iniciativa do Estado, o CCZ já vinha adotando uma postura pró-ativa, no sentido de eliminar os criadouros do Aedes Aegypti na cidade. Recentemente, a constatação de três novos casos na Zona Oeste da cidade, por exemplo, levou a Zoonose a realizar a nebulização em vários quarteirões dos bairros da Saúde e Santa Cruz. “Queremos combater o mosquito antes do período das chuvas, quando a proliferação do Aedes é maior”, argumentou.

O veterinário adiantou ainda que esse tipo de ação vai abranger as áreas maiores da Zona Oeste, assim como nas zonas Norte e Leste. Paralelamente, com a ajuda de agentes de controle de endemias e agentes comunitários de Saúde, o CCZ pretende intensificar as visitas domiciliares. Ele também fez mais uma apelo à população mogimiriana para que elimine os pratos dos vasos de planta, assim como mantenham a caixa d’água bem fechada e limpa.

Outras dicas de Rogério são para os moradores descartarem pneus velhos em postos de coleta da Prefeitura, assim como retirar dos quintais, objetos que acumulam água, como potes e garrafas. Já os materiais recicláveis devem ser mantidos em sacos plásticos fechados.

Nos últimos meses, os casos positivos de dengue no Município vêm caindo. A estiagem tem colaborado para isso. Mesmo assim, a cidade registra 5.066 casos e mais de 11 mil notificações. De janeiro até agora, houve quatro óbitos e um quinto está em investigação. Além de Mogi Mirim, outras cidades da Baixa Mogiana também farão parte dessa força-tarefa.

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