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Mamm completa um ano e se torna referência cultural em Mogi Mirim

FERNANDO GASPARINI
JORNAL O IMPACTO

Foto: Silveira Jr./Arquivo O IMPACTO

Nesta segunda-feira (16), os idealizadores e curadores do Museu de Arte de Mogi Mirim (Mamm), Valter José Polettini, 70, e Sidnei Cirilo de Oliveira Sá, 53, celebram o primeiro ano de funcionamento do espaço cultural localizado na Rua Ulhôa Cintra.

Os dois curadores e a coordenadora Erika Cândido conversaram recentemente com O IMPACTO sobre a efeméride. Decorrido o primeiro ano, os dois curadores demonstram indisfarçável orgulho pelo fato do funcionamento do museu, segundo eles, ter superado as expectativas iniciais. Em uma avaliação uníssona, ambos consideram que o Mamm vem cumprindo com exatidão a expectativa inicial de se tornar um espaço para a difusão cultural na cidade.

Essa constatação passa, necessariamente, por números superlativos relacionados ao cotidiano do museu. A direção fala até o presente momento em 7 mil visitantes, incluindo as visitas guiadas, menina dos olhos dos curadores.

“Desde que concebemos a criação do museu [a partir de 2017], uma questão primordial era que ele se tornasse um espaço irradiador de Cultura, abrangendo diversos públicos, especialmente o escolar”, revela Polettini, revelando sua preocupação em criar no futuro um público que aprecie obras de arte e que tenha domínio sobre o assunto.

A coordenadora Érika se esmera nessa atribuição de recepcionar diferentes grupos de pessoas. Ela revela que não são poucos os casos de crianças e adolescentes que participaram de visitas guiadas com suas escolas e que acabam retornando depois com os pais.

Conta ainda que outros grupos etários organizados também dão o ar da graça, visitando o espaço. A participação da comunidade se expande de forma ao múltiplo aproveitamento do espaço, com a realização de eventos como saraus culturais, rodas de conversa, oficinas e até exibição de filmes.

Sidnei, Erika e Valter: iniciativa superou todas expectativa em seu primeiro ano de funcionamento (Foto: Divulgação)

REALIZAÇÃO
Polettini e Sidnei Sá não escondem a realização pessoal com os números exibidos até agora. Trata-se do coroamento de um trabalho de quase toda uma vida dedicada a garimpar objetos de cunho artístico por todo o Brasil e em diversos países ao redor do globo. Algumas coleções possuem ares de exclusividade. Em exposição, cerca de 280 peças de um acervo estimado em torno de 5 mil delas, uma “reserva técnica” capaz de espantar qualquer tipo de tédio em relação àquilo que é apresentado ao público em geral.

Um dos objetivos principais para 2024 foi cumprido, dar identidade jurídica ao projeto, que ganhou o nome de Associação de Arte, Cultura e Educação, iniciativa que permite aos curadores pleitear recursos públicos para manutenção e realização de eventos culturais abertos à comunidade nas dependências do Mamm.

Para 2025, já existe um planejamento para a rotatividade das peças expostas, assim como turbinar ainda mais essa sinergia com a comunidade local, a qual, segundo os responsáveis, não só abraçou a causa, como também contribui para a difundir as atividades do Mamm.

Essa cumplicidade ajudou a difundir o museu em dezenas de cidades brasileiras e até no exterior, sendo apresentado como uma espécie de cartão postal de Mogi Mirim. “Já recebemos visitantes de diversos países da Europa, Estados Unidos e até do Japão”, revelou Polettini.

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