Escrivão se qualifica para atuar junto a forças de segurança das Nações Unidas
FERNANDO GASPARINI
JORNAL O IMPACTO
O escrivão de polícia Fernando Nastri Palmieri, 55, lotado na Delegacia Seccional de Mogi Guaçu e que exerce atualmente a chefia dos escrivães na Delegacia de Polícia de Mogi Mirim, teve seu nome confirmado em uma relação de 72 agentes policiais de todo o Brasil que passaram a fazer parte, desde o final de 2024, de uma espécie de “banco de talentos” que eventualmente pode ser convocado pela ONU (Organização das Nações Unidas) para atuar em programas elaborados para a segurança e proteção de populações civis em países com histórico de conflito interno.
Estima-se que atualmente a ONU atue em pelo menos uma dúzia de países ao redor do mundo, cujo caso mais conhecido no continente americano é o Haiti, país que recebeu na década passada militares brasileiros para pacificar o país localizado na América Central.
Palmieri contou que ele e os demais agentes de segurança (policiais civis, militares, federais e da Polícia Militar Rodoviária) que fizeram inscrição realizaram em Brasília, na primeira quinzena do mês passado, uma bateria de provas para a admissão, que, entre outras habilidades, testou conhecimentos gerais de assuntos relacionados à ONU, competências linguísticas, manuseio de arma de fogo, direção de veículos 4×4, conhecimentos na área de informática e domínio dos idiomas oficiais da ONU, o inglês e o francês.
O escrivão revelou que ao se inscrever optou por realizar a prova de conhecimento nos dois idiomas, aprovado, ao final, em ambos. “Foram aprovados 72 policiais, sendo 57 no idioma inglês, 5 no idioma francês e 10 em ambos os idiomas, com 22 policiais do segmento feminino e 50 policiais do segmento masculino. Um efetivo com o dobro de aprovação, em todos os índices de comparação, em relação a 2021. Dos quatro policiais civis de São Paulo que obtiveram índices necessários, fui o primeiro e único a ser aprovado em todo o processo em ambos os idiomas, ou seja, com grandes chances de estar entre os primeiros a serem enviados para missões em 2025”, registrou.
O servidor relata ainda que tomou conhecimento da existência do processo seletivo em agosto de 2024, depois de receber uma espécie de memorando interno, e se inscreveu logo em seguida. Ele calcula que pouco mais de 500 agentes de todo o Brasil participaram do processo.
“Estou muito honrado em ter participado e agora vamos esperar uma futura convocação, evidentemente, com o aval do comando da Polícia Civil do Estado de São Paulo, um orgulho pessoal enorme em poder elevar o nome e a imagem institucional da Polícia Civil da nossa região e, principalmente, em contribuir para a execução de projetos que possam fazer o bem a quem precisa”, comentou.
ATUAÇÃO
Fernando Palmieri disse que tem perfeita noção dos limites e da importância do grupamento para o qual foi selecionado, o qual, segundo ele, age como órgão que atua em defesa de populações civis de áreas conflagradas de países que passaram por eventos traumáticos, como, por exemplo, guerras civis. Sua expectativa, com base no resultado obtido nas provas que realizou, é de que ainda em 2025 seja designado para alguma missão específica. “Estarei observando o andar dos acontecimentos, com a expectativa de ser chamado em breve”, finalizou.