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Em balanço de 2025, Paulo Silva enaltece gestão fiscal e celebra obras em Mogi Mirim

JORNAL O IMPACTO

Em uma entrevista feita a pedido de O IMPACTO, o prefeito Paulo Silva (MDB) fez um balanço do primeiro ano de seu quarto mandato como chefe do Executivo mogimiriano. Ele enfatizou a responsabilidade fiscal como alicerce para a série de investimentos públicos anunciados pela Prefeitura nos últimos meses.

Paulo Silva afirmou que sua gestão tem mantido rigor nas contas públicas, pagando fornecedores em dia e conquistando boas notas de capacidade de pagamento, tanto pela Caixa Econômica Federal quanto pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), condição que, segundo mencionou, poucos municípios da região possuem.

Essa saúde financeira, conforme o prefeito, é o que tem viabilizado a realização simultânea de múltiplas obras e a captação de financiamentos com juros mais baixos. “O primeiro passo e mais importante foi a gestão fiscal responsável. Isso permite à prefeitura realizar muito mais”, afirmou Paulo Silva, contrastando a situação local com a de outros municípios, que enfrentam dificuldades.

Na área da saúde, a maior em orçamento, o prefeito listou uma série de ações. Os investimentos na Santa Casa, com a reforma e modernização da maternidade, a compra de 38 novas máquinas de hemodiálise e a meta de realizar 2 mil cirurgias eletivas nos próximos meses. A UPA da Zona Leste foi reformada, ganhando conforto e um laboratório de análises clínicas interno. A UBS Rural do Gabrielzinho, fechada há anos, foi reaberta, e uma nova UBS está sendo construída no Parque das Laranjeiras com recursos federais de R$ 2,5 milhões.

Na educação, duas novas escolas estão em construção: uma escola estadual de ensino em tempo integral na zona leste (a Escola Amália Barros), e a Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) Helena do Santos Alves, no Jardim Maria Beatriz, com previsão de conclusão para meados de 2026. “As crianças vão ter melhores condições, os professores, um local de trabalho mais confortável. É um avanço grande”, disse.

Um dos eixos destacados foi o projeto de Cidade Inteligente, no qual Mogi Mirim busca acompanhar uma iniciativa nacional. A primeira etapa consistiu na instalação de fibra óptica interligando todos os serviços municipais. O processo de digitalização de certidões e pagamentos está em andamento. Agora, o foco é oferecer internet wi-fi gratuita de alta capacidade em pontos de concentração, como o Centro da cidade e entornos de escolas e UBSs, com potencial para 60 mil acessos simultâneos.

Em infraestrutura, as obras de combate a enchentes foram destacadas. Um investimento de R$ 6 milhões está finalizando as intervenções na bacia do Córrego Lavapés, incluindo a construção de áreas de contenção e barragens desde as nascentes, uma metodologia que, segundo a engenharia da Prefeitura, quebra a força hidráulica da água e a libera com menos velocidade. A próxima meta é a bacia do Córrego Santo Antônio, para resolver os alagamentos na avenida de mesmo nome.

Duas grandes obras emblemáticas também estão em curso: a nova Arena Multiuso, com inauguração prevista para o final de 2026, e o novo Paço Municipal, cujo edital de obra deve ser publicado em junho ou julho do próximo ano.

Paulo Silva fez questão de mencionar ainda o setor habitacional, que, em sua avaliação, “começou a andar”. Ele citou as obras em andamento na zona leste, promovidas pela CDHU em área doada pela Prefeitura e lembrou que a Prefeitura também está ofertando terrenos públicos para viabilizar projetos do Minha Casa Minha Vida, Faixa 1, para famílias com renda de até dois salários mínimos. Três áreas já foram aprovadas pela Caixa e outras três aguardam aprovação. Por outro lado, lamentou a burocracia envolvida no projeto das 98 casas no distrito de Martim Francisco, há mais de um ano parado no Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais (Graprohab), do Governo do Estado.

O prefeito comentou ainda uma queda na arrecadação do ICMS ao longo do ano, o que exigiu ajustes e contenção de despesas, justamente para evitar demissões ou atrasos salariais. Paralelamente, comemorou a captação de emendas parlamentares, citando o montante de R$ 11 milhões para a saúde.

Para o futuro, visualiza um município em transformação: “Mogi Mirim vai se transformar num grande canteiro de obras”, ressaltou. “A Prefeitura tem um orçamento razoável, tem as contas em dia. Está pronta para deslanchar”, avaliou. “2025 foi bom, mas 2026 vai ser melhor ainda”.

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