Elis colhe primeiros resultados no badminton e sonha com paralimpíada

JORNAL O IMPACTO

O impossível é uma palavra que não costuma frequentar o vocabulário de Elis Regina Franco, de 33 anos, que desde 2010, por conta de um acidente, se tornou paraplégica, passando a conviver com os desafios inerentes a uma cadeirante.

Filha de dona Selma Franco e do servidor municipal e vereador Marcos Antônio Franco, o Marcos Gaúcho, Elis acaba de saborear os primeiros resultados de uma prática desportiva ainda pouco difundida entre os brasileiros, o badminton, que apareceu em sua vida há apenas dois anos.

Trata-se de um esporte dinâmico praticado com a participação de dois ou quatro jogadores. Ainda que guarde uma certa semelhança com o tênis por causa do uso das raquetes, possui peculiaridades que o tornam diferente. Ao invés, por exemplo, do uso de uma bola, é jogado com uma espécie de peteca, chamada de volante ou birdie.

No final de outubro, Elis participou, em São Paulo, no Centro de Treinamento Paralímpico, do Campeonato Pan-Americano de Badminton, competição que reuniu 187 atletas, a grande maioria do Brasil, mas que atraiu também competidores de vários outros países.

Elis Regina integrou a equipe da Associação Esportiva Sankalp, uma entidade que desenvolve programas de badminton e parabadminton em Campinas. A Sankalp é conhecida por trabalhar tanto com atletas olímpicos quanto com o desenvolvimento do parabadminton (o badminton adaptado para pessoas com deficiência).

No torneio, Elis pode sentir de perto a atmosfera de uma competição desta envergadura, conquistando um bronze na categoria simples e avançando até às quartas de final com dupla mista (competiu com um colega mexicano) e dupla feminina, tendo como parceira uma paratleta costa-riquenha.

Até descobrir essa identificação com o badminton, Elis se dedicava à prática do halterofilismo. Sua primeira experiência com a nova modalidade ocorreu na vizinha cidade de Itapira, levada pelas mãos da professora Priscila Samora. Gostou tanto que acabou sendo atraída para o projeto da Sankalp, onde conheceu Marta Lopes, técnica da seleção brasileira paralímpica.

Ela disse que está muito feliz com o atual momento. Questionada se pensa em participar de uma paralimpíada, Elis não se faz de rogada. “Estou percorrendo um caminho que eventualmente pode me abrir portas para uma participação em paralimpíada. Sei do meu potencial. Com certeza irei perseguir esse objetivo. Mas cada coisa no seu tempo”, ponderou.

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