Educação reorganiza ensino integral em Mogi Mirim visando melhorar atendimento em 2026
JORNAL O IMPACTO
A Secretaria Municipal de Educação anunciou mudanças para o ensino integral de 2026, com o objetivo de melhor atender os estudantes matriculados nessa modalidade, no caso, crianças do 1º ao 5º ano do Fundamental 1.
Na quarta-feira (10), a secretária Josélia Longatto recebeu O IMPACTO em seu gabinete para falar a respeito dos avanços da pasta no atendimento dos alunos beneficiados pela modalidade de ensino integral. Acompanhada dos gerentes Gabriel Araújo e Amanda Pavanello Oliveira dos Santos, exibiu um diagnóstico otimista em relação ao assunto.
Em sua primeira colocação, Josélia afirmou que a intenção é fazer com que o período integral não seja visto somente como propício a atividades recreacionais, mas que agregue conteúdo pedagógico diferenciado, oportunizando atividades que permitam o desenvolvimento intelectual destas crianças.
O alvo das mudanças é o Projeto SER, uma das principais vitrines do ensino integral em Mogi Mirim, com cerca de 800 alunos atendidos no contraturno escolar. A novidade é que as crianças do 1º ao 5º ano passarão a participar de oficinas de musicalização, expressão corporal, teatro, circo, hip hop e jogos cooperativos, realizadas dentro das próprias unidades escolares. Essas propostas seguem as diretrizes da nova política nacional sobre ensino integral na Educação Básica, que valoriza múltiplas linguagens e formas de aprender.
Para levar a cabo essa proposta, a Secretaria de Educação tem procurado ampliar as parcerias não só com a Secretaria de Cultura e Turismo, mas também com entidades como Lyra Mojimiriana e ICA.
O ICA, por exemplo, permanece sendo uma referência na oferta de atividades, mas o formato de se levar crianças até a sede da entidade acabava limitando o potencial de atendimento. “Assim como já levamos a Lyra para dentro da escola, vamos levar o ICA também. Buscamos potencializar esse tipo de parceria”, explicou Josélia.
Uma das novidades introduzidas é a oficina de Hip Hop, que integra música, ritmo, corpo e cultura urbana. Neste semestre, em caráter piloto, a Secretaria de Educação levou a proposta às Emebs Alfredo Bérgamo, o Caic, no Jardim Europa, e Cleuza Marilene Vieira de Melo, no Aterrado. O objetivo do piloto era avaliar o engajamento e a receptividade dos estudantes em diferentes contextos socioculturais.
Segundo Josélia, o resultado foi muito positivo, com aumento visível de participação, motivação e envolvimento das turmas, além de fortalecimento do senso de pertencimento e expressão espontânea das crianças.
A atual secretária e sua equipe entendem ainda que a gama de atividades oferecidas no projeto pedagógico integrado é pensada para ampliar repertórios, promover convivência, fortalecer o desenvolvimento motor e emocional e trazer novas possibilidades para o cotidiano escolar.



