Construção de novas casas da CDHU causa transtornos em imóveis vizinhos
JORNAL O IMPACTO
A construção das 88 casas pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) na zona leste de Mogi Mirim, em área próxima ao Nias (Núcleo Integrado de Atividades Sociais), tem causado transtornos em imóveis vizinhos.
Na Rua José Mário Barros Milano, no mesmo terreno em que serão erguidas as novas moradias, a movimentação de máquinas nesta fase de terraplanagem tem provocado rachaduras nas casas e outros problemas, segundo moradores daquela localidade. Vídeos gravados pelos moradores mostram móveis tremendo. Em uma das casas, um micro-ondas chegou a cair no chão devido à trepidação.
O IMPACTO conversou com moradores, na terça-feira (2). Carlos Eduardo Salgado Gomes, proprietário de uma residência locada para um inquilino, teme que a situação possa piorar. Numa área externa da casa, o telhado quase desabou. “As vigas deslocaram. Chamei um pedreiro para avaliar e ele disse que só não caíram porque as colunas são fortes”, relatou. Ele disse que a construção, de aproximadamente dez anos, nunca passou por problemas semelhantes.
Roseli Leonello, proprietária de um pet shop que funciona na rua há quatro anos, também está preocupada. “Cada vez que eu olho, tem um rachadinho a mais”, contou. Disse que começou a notar as rachaduras logo após o início das obras. “Está começando a soltar até piso no banheiro”, reclamou. O receio dela é “ficar no prejuízo” com o transtorno causado.
O vereador Robertinho Tavares (Podemos) contou para O IMPACTO que a empresa responsável pelas obras fez uma vistoria na maioria das casas da rua, no último sábado. São cerca de 30 propriedades. Os vereadores Ernani (PT) e Ivanildo Ceará (União Brasil) também estiveram no local.
Procurada por O IMPACTO, a Prefeitura explicou que doou o terreno para a CDHU construir as casas. Por isso, cabe à companhia a análise de possíveis danos que ocorram nos imóveis vizinhos ao novo conjunto habitacional. “Mas, com o objetivo de sanar as questões que estejam surgindo neste sentido, a Secretaria Municipal de Obras já enviou comunicado à CDHU e, além disso, solicitou providências quanto aos questionamentos apresentados”, informou, em nota, a gestão Paulo Silva (MDB).
Já a CDHU informou que será apresentado um plano de recuperação dos imóveis que registraram danos, incluindo o cronograma de execução dos serviços necessários, por parte das empresas envolvidas na obra. “A medida foi definida após vistoria realizada em 27 de novembro, com a participação de equipes técnicas da CDHU, da Prefeitura Municipal de Mogi Mirim e das empresas responsáveis pelos trabalhos, que confirmaram a necessidade de intervenções em residências localizadas próximas à área onde está sendo realizada a terraplanagem do empreendimento habitacional”.



