Comércio de Mogi Mirim mais demite do que contrata no primeiro semestre

FLÁVIO MAGALHÃES
JORNAL O IMPACTO
O Comércio é o único setor de Mogi Mirim que demitiu mais do que contratou no primeiro semestre de 2025. Os dados são do Novo Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego, que registrou 2068 admissões e 2112 desligamentos nos primeiros seis meses do ano, na contramão dos demais setores da economia.
Se comparado com o mesmo período do ano passado, a geração de empregos formais no Comércio de Mogi Mirim encolheu 276%. Houve um saldo positivo de 25 postos de trabalho no primeiro semestre de 2024, contra um saldo negativo de 44 vagas nos primeiros seis meses deste ano.
Os piores resultados foram em janeiro (-48) e março (-47). Em fevereiro, o saldo se manteve praticamente estável (-1), enquanto abril foi o primeiro mês do ano encerrado com geração efetiva de empregos com carteira assinada (10). Maio voltou a ter um resultado ruim (-10), enquanto junho registrou uma alta significativa (54), mas não o suficiente para superar o número de demissões ao longo do semestre.
O resultado negativo até aqui foi influenciado principalmente pelo comércio varejista, que fechou 64 vínculos empregatícios formais entre janeiro e junho. Segmentos como supermercados e lojas de vestuário e acessórios foram os que tiveram pior saldo e os trabalhadores que atuam como vendedores nesse ramo foram os mais atingidos.

O desempenho é o pior desde a pandemia de Covid-19. No primeiro semestre de 2020, quando foram confirmados os primeiros casos da doença e foram colocadas em prática as primeiras medidas de isolamento social, o Comércio fechou 474 postos de trabalho. No primeiro semestre de 2021, houve a geração de 195 novos empregos.
Nos primeiros seis meses de 2022, o resultado também foi positivo: 96 novas vagas criadas. No mesmo período de 2023, contudo, o resultado foi negativo, com a extinção de 41 empregos formais. No primeiro semestre do ano passado, foram criadas 25 vagas com carteira assinada.
Crescimento
Os demais setores da economia mogimiriana registraram crescimento na geração de empregos. No total, Mogi Mirim gerou 826 vagas com carteira assinada no primeiro semestre do ano, segundo o Novo Caged. O resultado foi impulsionado por dois setores: Serviços (341) e Indústria (339). Construção (114) e Agropecuária (76) também tiveram variação positiva.
A Indústria, que vinha se destacando nos primeiros meses do ano, perdeu fôlego em maio, com a extinção de 110 postos de trabalho no segmento de indústrias de transformação. Em junho, porém, houve sinais de recuperação, com a geração de 44 vagas.
O setor de Serviços, por sua vez, liderou a criação de empregos em Mogi Mirim nos meses de fevereiro (181), março (48), maio (97) e junho (64). O município encerrou o semestre com um estoque de 35.289 vagas de emprego.